quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Sobredotados, produção de moda e pós-revolução


Aqui estou a escrever algo durante uma produção de moda que organizei na Loja das Meias no Rossio.
Fui coordenadora de moda e até fiz produção para uma equipa de televisão alemã durante uns 10 anos, sempre que cá vinham.
Foi assim que pude manter sozinha a mim e aos meus dois filhos, depois do divórcio. Naquela época os ex-maridos ricos pagavam o que o tribunal ordenava para a ex-mulher e os filhos, só se queriam. Agora será diferente?
Na época não era ainda hábito aos personagens sociais exercerem diferentes actividades. Então eu tinha de aturar perguntas do tipo:
-Mas tu és modelo, manequim, actriz, jornalista, estudante, produtora ou o quê?
Uma seca!
No pós-revolução confundia-se muito a pessoa com a profissão que exercia. Em vez do sábio eu sou eu dizia-se eu sou metalúrgico ou mais no geral: eu sou trabalhador!
Esta última afirmação era obrigatória. Todos velavam para provar que o seu trabalho era muito difícil, complicado e trabalhoso. Era de tal forma que uma tarde de 1981 eu e a Marluce fomos entrevistadas para a Rádio Comercial e à pergunta de se eu gostava de trabalhar como manequim eu respondi que adorava porque pagavam bem, não tinha que pensar e tinha muitos tempos livres; por isso podia estar sempre a estudar o que me interessava, ganhando tanto ao ano como se tivesse um trabalho todos os dias.
Foi assim que financiei os meus estudos em Belas Artes e de Naturopatia. Desde que eu tinha deixado a faculdade de medicina que os meus pais me tinham retirado a mesada. E eu, tal como a maioria dos sobredotados, tinha muita dificuldade para estudar em escolas normais. E dos problemas típicos de sobredotados era algo de que ninguém falava. Atormentavam-me sempre com perguntas do tipo se todos os professores dizem que és tão inteligente porque é que não estás sempre no quadro de honra como os teus primos?
Mais tarde quando contei à Dra. Ana Maria, que tinha entrado para uma sociedade chamada Mensa onde só eram admitidos o 2% mais inteligente da humanidade ela surpreendeu-me pois não se admirou nada e respondeu-me:
-Pois, tu e o Jorge Peixinho foram os meus alunos mais inteligentes!
Era a directora do meu colégio; que no final de alguns anos até fez exames de passagem especiais para mim, porque eu só depois da matéria toda dada é que lá percebia como articular a matéria e conseguia aprender. Por isto as minhas notas no 2º periodo eram sempre baixas por passar esta parte do ano completamente distraída nas aulas. Percebia durante as primeiras semanas mas depois perdia-me, por só ensinarem um bocadinho por dia. Ficava de corpo presente durante o resto do tempo até que dias depois de acabarem a matéria, pegava nos livros sozinha e um dia fazia-se luz: eu ficava a conseguir articular entre si a totalidade do que tinham dado. Por isso nas escolas especiais deixam os sobredotados escolher os temas e estuda-los ao seu ritmo próprio. Ainda hoje se me decido a perceber algo faço-o apaixonadamente até ficar a perceber como as ideias se articulam exactamente e só depois sigo para descobrir o enigma seguinte.
Conto isto para lhe pedir por favor para que não atormente os seus filhos sobredotados como fizeram comigo!
A Marluce ficou muito aborrecida pois eu teria dado um ar de facilidade à nossa profissão; quando nós tínhamos de ter uma constante disciplina, cumprir horários difíceis, fazer frequentes viagens inesperadas, dramatizar o que vestimos durante a passagem, estragavam-nos os cabelos, vestir roupa quente no verão e fresca no inverno, etc.
Tinha toda a razão nestas dificuldades mas para mim isto era fácil.
Mas voltemos a esta produção de moda. Talvez fosse para o jornal A Tarde.
Durante estas minhas arrumações encontrei uma lauda desse jornal, onde comecei a trabalhar em jornalismo em 1980.
Escrevia numa máquina de escrever mecânica e no dia combinado ia levar as laudas pessoalmente ao jornal (nada de fax, nem muito menos emails, só as grandes empresas tinham os telex) num palacete lindo e com uma vista fabulosa sobre o rio, no Largo de Sta. Catarina. Mais tarde mudou para a rua Augusta num 2º andar. Depois fecharam esta rua ao estacionamento e ainda paguei uma bruta multa por ter deixado o carro em cima do passeio enquanto corria pelas escadas acima para entregar as minhas laudas antes das duas da tarde, como combinado. Aqui já eu usava uma máquina de escrever eléctrica.
Depois escrevi para vários jornais e revistas que já desapareceram. Ainda agora existe o Semanário.
Só tive computador em 1988/89 quando escrevia para o Independente. Mas fazia-me perder muito tempo. Encravava por tudo e por nada.
Como as coisas mudaram!

1 comentário:

Anónimo disse...

O CUIDADO COM AS CRIANÇAS ESPECIAIS
Estão encarnando entre nós seres altamente evoluídos, provenientes de outras dimensões, que requerem cuidados especiais enquanto crianças

É necessário esclarecer-vos de que muitos espíritos bastante elevados, na maioria isentos de carmas terrenos e planetários, têm reencarnado, nessas últimas gerações, com o propósito de auxiliar no desenvolvimento da humanidade no sentido espiritual.

Por tal razão, essas crianças apresentam um desenvolvimento espiritual, psicológico e intelectual muito além do que seria considerado normal para a idade cronológica do corpo físico. Isso faz com que o espírito apresente dificuldades de se acoplar ao corpo físico, devido à diferença de padrões vibratórios entre um e outro.

Essas crianças apresentam o corpo astral pendente para a esquerda do eixo de alinhamento. Com bastante freqüência e/ou quase permanentemente, sentem dores de cabeça e na altura da cintura (pelo deslocamento ou alteração do centro de gravidade); têm insônia e também problemas respiratórios, pois os movimentos dos órgãos são lentos e a respiração do corpo físico não coincide com a respiração do corpo astral, ou melhor, do espírito. Ambos não estão em sintonia porque o corpo físico ainda é frágil para suportar a alta vibração destes espíritos.

Outra característica bastante importante é a forma natural e a tranqüilidade com que reagem diante de cenas agressivas como acidentes ou na presença de deficientes físicos e mentais.

Essas crianças demonstram gosto por longos períodos de solidão (meditação). Às vezes, falam coisas tão profundas que custa-se a crer tenham saído dos lábios de uma criança. É como se já tivessem conhecimento (e na realidade o têm) da razão de tudo o que acontece à sua volta. Nota-se aí a presença de um espírito adulto num corpo de criança.

Os problemas de dor de cabeça, dificuldades respiratórias e digestivas, dores na cintura, insônia, gagueira e agitação só desaparecerão à medida em que o espírito ajustar-se ao corpo físico. Para tanto, as forças construtivas têm trabalhado incansavelmente na elaboração de um corpo físico mais resistente e de melhor nível vibratório.

Instruções para os pais - Os pais também devem passar por exames e processos de reequilíbrio energético, pois, em grande parte, as dificuldades da criança residem na desarmonização dos que as gestaram. As dificuldades emocionais e sentimentais no ambiente do lar levam desconforto a essas crianças, principalmente no aparelho respiratório.

O desrespeito dos pais com o uso sistemático do cigarro ocasiona nesses seres evoluidos sérios problemas físicos, pois mesmo quando os adultos não fumam na sua presença, eles captam a energia do campo áurico dos pais, absorvendo também toxinas do tabaco.

Os seres especiais que agora encarnam têm como hábito alimentar a não-ingestão de carnes, principalmente as vermelhas. Daí nosso conselho de que não as forneçam aos filhos, substituindo-as por outras forntes de proteína. O chocolate sólido também deve ser evitado, pois desequilibra o campo energético do corpo etérico.